A Polícia Civil de Herculândia esclareceu o homicídio de Valmir da Silva, 69 anos, ocorrido no dia 15 de novembro. O crime aconteceu na residência da vítima, que foi brutalmente agredida com uma tampa de panela de pressão, uma cadeira de aço e cadeiras de madeira, resultando em lesões fatais na cabeça.
De acordo com o Dr. Eduardo Saran, o crime foi extremamente violento: “A vítima começou a ser agred1da com uma tampa de panela de pressão no rosto, depois com uma cadeira de aço e, em seguida, com cadeiradas de madeira. Os golpes se concentraram na região da cabeça”, relatou.
A investigação apontou que três pessoas estavam na casa no momento do crime: uma mulher de 24 anos, seu namorado e o primo, de 22 anos.
A suspeita, que residia com a vítima há cerca de três meses, inicialmente forneceu informações cruciais, indicando o primo como autor do crime. O motivo pode estar relacionado a um valor em dinheiro que a vítima teria recebido de uma indenização.
A investigação revelou que a vítima trabalhava como diarista e pretendia investir o dinheiro em um arrendamento para cultivo de mandioca. A polícia apura se o crime foi premeditado por razões financeiras, o que pode reclassificar o caso de homicídio qualificado para latrocínio, aumentando a pena.
“Em primeiro momento, o crime foi classificado como duplamente qualificado. Mas levantamos durante as investigações que a vítima havia dito que recebeu dinheiro de indenização e que utilizaria o dinheiro para arrendar uma terra. Agora que já sabemos quem foram os autores do crime — inclusive a mulher já foi presa e foi expedido mandado de prisão contra o segundo autor, mas ele está foragido. Agora, a investigação prossegue no sentido de saber se havia motivação financeira com relação à morte da vítima”, explicou o delegado.
A autora foi presa na segunda-feira (18/11), e a tampa de panela usada no crime foi localizada com vestígios de sangue e cabelos da vítima. Um mandado de prisão temporária foi emitido contra o primo da autora do crime, mas ele está foragido.
Segundo o delegado Eduardo Saran, a rápida ação da Polícia Civil de Herculândia, em conjunto com a delegacia de Tupã, foi essencial para esclarecer o crime.
“Conseguimos identificar os autores e coletar provas robustas. Seguimos com diligências para prender o segundo suspeito e investigar a possível motivação financeira do crime”, afirma.