O Museu Histórico e Pedagógico Índia Vanuíre tem atividades que visam a inclusão sociocultural de idosos e de foco às culturas e questões indígenas no fim do mês de agosto, que termina nesta semana. O museu também tem exposições temporárias que podem ser visitadas de terça-feira a domingo, das 9 às 18 horas. Confira, abaixo, a agenda dos próximos dias.
Projeto “Aguçando as Memórias”
“Aguçando as Memórias” é um projeto de inclusão sociocultural que tem como público-alvo os idosos e o seu objetivo é a valorização e a inserção dessas pessoas na sociedade, reconhecendo-os como cidadãos ativos e produtores de cultura.
Neste encontro, que acontece amanhã, terça-feira, das 15 às 16h30 min, os participantes vão aprender novas habilidades por meio de uma oficina de confecção de colares da etnia krenak.
Para esta ação, o museu convidou um representante da Terra Indígena Vanuíre que, além da oficina, promove uma roda de conversa sobre a importância da preservação da identidade e da cultura de seu povo.
Cultura e Questões Indígenas em Foco
O programa “Cultura e Questões Indígenas em Foco”, na sexta-feira, dia 30, das 14 às 15 horas, é feito para que as novas gerações reconheçam a contribuição e a influência de diversos grupos indígenas na construção da sociedade brasileira. O documentário a ser exibido em agosto é o “Nossa Terra”, da série “Índios do Brasil”.
A disputa pela terra é um dos temas centrais da obra, uma vez que as terras indígenas são alvos de diversos interesses que muitas vezes conflitam com os direitos dos povos originários. O vídeo destaca a importância da terra para a preservação da memória e da história indígena.
Exposições temporárias
“Tradições ancestrais: a cerâmica de Bisalhães no Museu Índia Vanuíre”
A exposição de peças de cerâmica da olaria de Bisalhães no Museu “Índia Vanuíre” tem como propósito celebrar um valioso patrimônio cultural e fortalecer os laços com as diversas comunidades do município de Tupã. Esses objetos, de uso doméstico e provenientes de Portugal, fazem parte do acervo do museu desde 1973.
O processo de confecção da louça preta de Bisalhães foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco e incluído no Inventário Nacional de Patrimônio Cultural Intangível de Portugal. Tais reconhecimentos enfatizam a importância de preservar e disseminar essa tradição artesanal singular surgida na região Norte do país europeu.
Ao apresentar esses objetos de significado cultural profundo, o Museu “Índia Vanuíre” fortalece vínculos com sua comunidade diversa, composta por povos indígenas, famílias de imigrantes e descendentes das mais variadas origens.
“Grafismos e Artes Indígenas do Oeste paulista”
Versão da exposição para visita presencial, que destaca a riqueza cultural das etnias kaingang, krenak, terena e guarani nhandewa, das Terras Indígenas Vanuíre, Icatu e Araribá. A exposição é um compromisso de respeito e preservação cultural. Ela desafia estereótipos, amplia identidades e convida a explorar as histórias, tradições e valores transmitidos por essas expressões artísticas.
“Cerâmica Terena: Preservando a Memória e a Tradição”
A exposição apresenta peças produzidas pelos povos terena, habitantes das terras indígenas Icatu, em São Paulo, e Cachoeirinha, no Mato Grosso do Sul. São peças como panelas, jarros, moringas e esculturas, entre outros objetos. Algumas cerâmicas já fazem parte do acervo do museu, doados ainda em 1970; já outras obras contemporâneas foram adquiridas ao longo dos anos.
Além de especificidades da cerâmica terena, a mostra também destaca depoimentos que valorizam e retratam as relações estabelecidas a partir da história, memória, cotidiano, transmissão do conhecimento entre gerações e a manutenção da tradição como um elo entre o passado e o presente.